Plano de Contingência - Versão 2

08 · 04 · 2020

Plano Contingência

ERPI

 

1-   Coordenação e Planeamento

 

1.1-         Designação de Coordenador e Equipa Operativa

Coordenador: Presidente da Direcção

Equipa operativa: Direcção Técnica; Animadora Sociocultural, Auxiliares de Acção Directa.

 

1.2-         Cadeia de “Comando e Controlo”

  Ao Coordenador cabe a implementação do plano, assim como a supervisão e adequação do mesmo. Em caso de ausência será substituído por outro elemento da Direcção em parceria com a Direcção Técnica.

  À Direcção Técnica cabe o cumprimento das normas instituídas; a supervisão da implementação do plano no sector em geral, e em particular nas seguintes áreas: transportes, alimentação, tratamento de roupas. Em caso de ausência será substituída pela Animadora Sociocultural em parceria com o Coordenador.

  À Animadora Sociocultural cabe o cumprimento das normas instituídas; a supervisão da implementação do plano nos espaços afectos ao funcionamento directo do sector (salas, quartos, refeitório) e junto dos utentes e funcionários. Em caso de ausência será substituída pela Direcção Técnica em parceria com as Auxiliares.

    Às Auxiliares de Acção Directa cabe o cumprimento das normas instituídas; a supervisão da implementação do plano junto das utentes e no seu local de trabalho, em especial em períodos de ausência da Animadora, uma vez que farão a sua substituição imediata.

 

1.3-         Divulgação de informação e avaliação

  Na reunião semanal do Sector da 3ª Idade deverá ser sempre discutido e avaliado o Plano de Contingência.

  O Coordenador e a Equipa Operativa deverão reunir sempre que existam novas informações significativas para as tarefas a desempenhar no âmbito do Plano de Contingência.

 

1.4-         Actividades essenciais e prioritárias

  As actividades essenciais e prioritárias são:

      - Guarda dos idosos;

      - Cuidados de saúde básicos (medicação, curativos simples);

      - Alimentação;

      - Manutenção da limpeza e higiene.

 

1.5-         Previsão do impacto dos diferentes níveis de absentismo

   Nível Médio/Alto de Abstenção:

a)      Prevê-seser necessário suspender actividades socioculturais, de modo a que todos os funcionários do sector estejam disponíveis para a concretização das actividades essenciais e prioritárias.

b)     Prevê-se pedir apoio às famílias para acompanhamento dos utentes a consultas e exames no exterior.

  

Nível Elevado de Abstenção:  

a)      Prevê-se ser necessário pedir às famílias para usarem alternativas no que diz respeito à guarda dos idosos.

b)     Prevê-se ser necessário alargar horários dos turnos das funcionárias (até 12 horas) e suspender alguns dias de folgas.

c)      Prevê-se ser necessário utilizar a reserva de água, alimentos não perecíveis e produtos de higiene.

d)     Prevê-se articular com a Junta de Freguesia transporte de bens essenciais, refeições.

e)      Prevê-se utilizar bolsa de voluntários para manter actividades essenciais.

f)       Prevê-se manter as famílias informados através de Quadro Informativo no exterior do edifício e através de endereço electrónico.

 

1.6-            Fornecedores Essenciais

  Os fornecedores essenciais são todos os que estão ligados às áreas da alimentação e da higiene. Em caso de ausência destes deverão ser contactados fornecedores alternativos, e será utilizada a reserva estratégica dos bens essenciais.

 

 

2-   Medidas de Prevenção e Controlo da COVID-19

2.1-Informação e capacitação

2.1.1-      Publicar no site e redes sociais material informativo sobre medidas de prevenção e controlo.

2.1.2-      Trabalhar com os utentes de uma forma lúdica o tema da gripe: medidas de prevenção e controlo (utilização de lenços de papel descartáveis, utilização de papel descartável para limpeza das mãos, lavar as mãos com a maior regularidade possível, quando espirram tapar a boca com o braço etc).

2.1.3-      Promover junto dos colaboradores informação atualizada sobre a doença:

 

Características:

- Considera-se um caso suspeito para a doença toda a pessoa que desenvolva quadro agudo de tosse persistente ou agravamento de tosse crónica, ou febre (temperatura ? 38.0ºC), ou dispneia / dificuldade respiratória. Podem existir quadros que cursam com dor de garganta e sintomas respiratórios muito ligeiros.

 

À luz doconhecimento atual, este vírus pode transmitir-se através de:

•Via de contacto direta:Disseminação de gotículas respiratórias, produzidas quando uma pessoa infetada tosse, espirra ou fala, que podem ser inaladas ou pousar na boca, nariz ou olhos de pessoas que estão próximas;

•Via de contacto indireta: Através de gotículas expelidas para superfícies, contacto das mãos com uma superfície ou objeto contaminado e, em seguida, com a sua própria boca, nariz ou olhos.

A doença tem um tempo de incubação (desde exposição ao vírus até causar sintomas) entredois a 14 dias(mediana de 5 dias).Como consequência, 14 dias após o contacto com um caso, podemos excluir, com elevada probabilidade, a possibilidade de desenvolvimento de doença.

 

                   Medidas gerais:

1)   Regras de etiqueta respiratória

As medidas de etiqueta respiratória a adotar constantemente incluem:

•Evitar tossir ou espirrar para as mãos;

•Tossir ou espirrar para o braço ou manga com cotovelo fletido ou cobrir com um lenço de papel descartável;

•Usar lenços de papel descartáveis para assoar, depositar de imediato no contentor de resíduos e lavar as mãos;

•Se usar as mãos inadvertidamente para cobrir a boca ou o nariz, lavá-las ou desinfetá-las de imediato;

•Não cuspir nem expetorar para o chão. Se houver necessidade de remover secreções existentes na boca, deve ser utilizado um lenço descartável, diretamente da boca para o lenço, e colocar imediatamente no lixo após ser usado;

•Não está indicado o uso de máscaras por pessoas saudáveis.

 

2)Lavagem correta das mãos

As mãos devem ser lavadas frequentemente com água e sabão, em especial nas seguintes circunstâncias e como demonstrado no folheto anexo:

•Antes de entrar e antes de sair da instituição;

•Antes e depois de contactar com os residentes;

•Depois de espirrar, tossir ou assoar-se;

•Depois de utilizar as instalações sanitárias;

•Depois de contactar com urina, fezes, sangue, vómito ou com objetos potencialmente contaminados;

•Antes e após consumir refeições;

•Antes e após preparar, manipular ou servir alimentos e alimentar os residentes;

•Depois de fazer as camas e de tratar da roupa;

•Depois de retirar as luvas;

•Sempre que as mãos parecerem sujas ou contaminadas.

 

2.2-   Medidas de Higiene do Ambiente

2.2.1-      Colocar dispositivos de desinfecção das mãos nas entradas do edifício. A manutenção destes dispositivos é da responsabilidade das funcionárias afectas ao sector.

2.2.2-      Colocar dispositivos de desinfecção do calçado nas entradas do edifício. A manutenção destes dispositivos é da responsabilidade das funcionárias afectas ao sector.

2.2.3-      Todos os utentes, e funcionários desinfectam as mãos após entrada, e saída do edifício.

2.2.4-      Todos os utentes, e funcionários desinfetam o calçado antes da entrada no edifício.

2.2.5-      Todos os colaboradores devem usar fardamento de duas peças, que será obrigatoriamente higienizado 1xdia na lavandaria da instituição.

2.2.6-      Todos os colaboradores devem utilizar calçado exclusivo para o interior das instalações, que deve ter a sola higienizada diariamente pelo próprio.

2.2.7-      Nas carinhas de transporte, a desinfecção das superfícies de trabalho (volante, comandos, etc..) e maçanetas das portas são efectuadas no final da cada utilização.

2.2.8-      As salas são arejadas sempre que os utentes se ausentem das mesmas.

2.2.9-      A limpeza e arejamento das salas são efectuados todos os dias.

 

2.2.10-  Limpeza de superfícies:

     -Chão das áreas comuns (refeitórios, salas de estar, corredores):

  • Lavar primeiro as superfícies com água e detergente.
  • Em seguida, espalhar uniformemente a solução de lixívia nas superfícies – 5 colheres de sopa para 4 litros de água.
  • Deixar atuar a lixívia nas superfícies durante pelo menos 10 minutos. Essa etapa é fundamental.
  • De seguida enxaguar as superfícies só com água quente.
  • Deixar secar ao ar.

 

-Instalações sanitárias

 

  • Utilizar panos diferentes para os lavatórios e as áreas à volta destes e para o exterior das sanitas.

  Seguir a sequência:

  • O Iniciar a limpeza pelos lavatórios (1.ºas torneiras e só depois o lavatório) e superfícies à volta destes;
  • O Limpar as sanitas;
  • O Limpar o chão.

• Limpeza da sanita:

Parte interior: limpar o interior da sanita apenas com o piaçaba:

  • Se houver urina ou fezes, descarregar primeiro o autoclismo;
  • Não deitar lixívia ou produto com amoníaco sobre a urina, porque provoca uma reação gasosa nociva para a saúde;
  • Aplicar o produto detergente com base desinfetante; deixar atuar durante pelo menos 5 minutos
  • Esfregar bem por dentro com o piaçaba;
  • Puxar o autoclismo com o piaçaba ainda dentro da sanita para que este também fique limpo;
  • Volte a puxar a água;

 

  • Parte exterior da sanita:
  • o Espalhar o detergente/desinfetante na parte de cima da sanita e sobre os tampos;
  • o Esfregar com o pano: primeiro os tampos e só depois, a parte exterior da sanita (em cima e nos lados);
  • o Passar com pano só com água;
  • o Deixar secar ao ar;
  • o Limpar e desinfetar bem o botão do autoclismo. Pode desinfetar também com álcool a 70º-80º.
  • • No final da limpeza, deve voltar a passar um pano humedecido em desinfetante em todas as torneiras.
  • Não esquecer de limpar frequentemente as maçanetas das portas das casas de banho.

  

Superfícies de toque frequente (corrimões, maçanetas, botões de elevador, bengalas, andarilhos, cadeiras de rodas, etc)

 

Pode ser realizada com detergente de base desinfetante (D10),para conseguir um procedimento mais rápido, isto é, um produto que contém na sua composição, detergente e desinfetante em simultâneo (2em1).

A frequência de limpeza das superfícies de toque frequente deve se no mínimo 6 vezes ao dia, mas pode ser necessário aumentar essa frequência.

 

2.2.11-  Os quartos dos doentes são arejados sempre que possível.

2.2.12-  Após utilização de um quarto por um doente este é higienizado, assim como todos os objectos, e arejado durante 2 horas.

2.2.13-  A louça utilizada pelo doente é lavada normalmente na máquina, mas quem faz o transporte da louça usa luvas descartáveis.

2.2.14-  As roupas do doente assim como as batas das funcionárias que lhe prestam cuidados são encaminhadas para a lavandaria em saco fechado para ser lavada normalmente na máquina.

2.2.15-  A funcionária da lavandaria usa luvas e máscara para colocar as roupas possivelmente contaminadas na máquina.

 

      2.3-     Medidas de Isolamento e Distanciamento Social

2.3.1- Os funcionários que apresentam febre ou outros sintomas de gripe permanecem em casa, ou abandonam o local de trabalho com a maior brevidade possível.

2.3.2- Os funcionários devem medir e registar a sua temperatura (febre) à entrada e saída de cada turno.

2.3.3- Suspende-se o acompanhamento de utentes às urgências hospitalares, ou consultas e exames médicos.

2.3.4- Evitar circulação das colaboradoras ERPI Além-Sede na estrutura da Infância e lar sede (restrição do refeitório, e acesso a serviços administrativos apenas pelo exterior).

2.3.5-  Elaboração de horários em espelho, para minimizar cruzamento de equipas, e permitir maior isolamento social dos colaboradores.

2.3.6- Suspender temporariamente as visitas.

2.3.7- Desaconselhar saídas ao exterior com familiares.

2.3.8- A porta da entrada principal está fechada enquanto as funcionárias prestam serviço nas instalações do Lar.

2.3.9-  Restringir circulação de colaboradores e pessoas externas ao serviços nas instalações dos utentes (ex.corredores, quartos, etc).

2.3.11 – Todas as colaboradoras devem usar máscara.

2.3.12- Todas as colaboradoras devem usar viseira no contacto directo com utentes que apresentem tosse, ou outro qualquer sintoma respiratório.

2.3.13- Quando algum utente apresentar sintomas compatíveis com a COVID-19, é isolado e é contactado o médico que presta serviço à valência, e a Linha SNS 24 (808 24 24 24).

2.3.14- Em caso de dúvida ou quando confirmados os sintomas o utente é retirado para quarto de isolamento.

2.3.15- Em caso de elevado número de casos a necessitar de isolamento, ou casos positivos, poderá ser criada um a zona de isolamento no ginásio da instituição.

2.3.15- Em caso de nova admissão ou readmissão após alta hospitalar, o utente será retirado para quarto de isolamento, por um período igual ou superior a 14 dias, e serão utilizados todos os procedimentos descritos em caso de doença.

2.3.16- Em caso de nova admissão deve ser realizado o teste laboratorial para SARS-COV-2.

2.3.17- Evitar o contacto dos utentes saudáveis com utentes doentes, ou que apresentem sintomas respiratórios, mantendo pelo menos a distância de dois metros.

2.3.18 - O doente utiliza máscara sempre que está na presença de outra pessoa.

2.3.19- Para cuidar do doente as funcionárias utilizam máscara e luvas descartáveis, que colocam em saco de lixo fechado após cada utilização.

2.3.20- A bata que as funcionárias utilizam também deve ser lavada após cada utilização com um doente, no caso de não ser descartável. 

2.3.21- Será sempre contactado o Delegado de Saúde Concelhio para fazer a avaliação epidemiológica da situação. 

 

3.4-         Plano de Comunicação

    3.4.1- Divulgar o Plano de Contingência junto dos funcionários, familiares e 

                utentes.

     3.4.2- Afixar o Plano de Contingência em local visível e acessível a todos.

     3.4.3- Elaboraração de Quadros Informativos.

     3.4.4- Manter lista actualizada dos contactos (telemóvel, e-mail) dos familiares,        

                profissionais e parceiros.

 

 

Cela, 3 de Abril de 2020

 

Nota:Este Plano de Contingência será reavaliado e actualizado sempre que necessário.